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Chávenas brancas juntas e chávena preta separadaPrestes a iniciar um novo ano lectivo, e renovados por um tempo em que decidimos os nossos dias, é fundamental renovarmos também o nosso credo numa escola para todos.

O filme Inclusão, de Rogério Weikersheimer, conta a história de uma bola riscada - nada melhor para nos recordar os dias de praia - que procura amigos mas que é vítima de rejeição porque a sua cor, forma ou padrão são diferentes das cores , formas e padrões daqueles com quem quer brincar. Felizmente, depois de muito procurar, parece encontrar a sua família. Ou não?

Devemos continuar a fingir sermos parte de uma normalidade inexistente e impossível ou temos a capacidade de abraçar a diferença e deixar-nos permear e crescer com a aceitação de cada um?

Foto de chapéu de sol com listas amarelas e brancas com o mar em fundoDepois de tantas leituras, deixamos uma pequena proposta de actividade - com os mais pequenos ou mesmo com os adultos.

Criámos um livro no Tar Heel Reader chamado Alfabeto das Férias. Neste livro, percorremos as letras do alfabeto aproveitando cada uma como letra inicial de uma palavra relacionada com as férias.

Esta é uma forma divertida de expandir o vocabulário. Naturalmente, sendo um jogo, a letra pode ser escolhida de forma aleatória; não tem que ser obrigatório encontrar palavras para todas as letras; não encontrar uma palavra pode obrigar a uma consequência como encontrar um tesouro escondido ou encontrar uma palavra que tenha aquela letra noutra posição, ou desenhar a letra em tamanho gigante na areia.

O Alfabeto das Férias é também só uma sugestão. Pode ser o Alfabeto da Avó; o Alfabeto da Aldeia; O Alfabeto da Montanha; o Alfabeto da Praia, o Alfabeto de Itália ou da Irlanda.

O livro Alfabeto das Férias está disponível no Tar Heel Reader.

Bons jogos!

Quatro rodas lado a lado, em duas pessoas a correr no interior, nas outras duas pessoas a correr no exterior

A Força do Hábito é um livro de Charles Duhigg sobre o poder dos hábitos na nossa vida publicado pela Dom Quixote há já algum tempo.

A maioria das opções que tomamos parecem-nos resultado de decisões muito bem pensadas, mas não. São hábitos.

E se cada hábito isoladamente parece pouco relevante, com o passar do tempo os alimentos que comemos, o que dizemos aos filhos, as decisões que tomamos de poupar ou gastar, a frequência com que fazemos exercício e a forma como organizamos os nossos dias, acabam por ter um impacto enorme sobre a saúde, produtividade, bem-estar económico e felicidade.

Transformar um hábito não é necessariamente fácil ou rápido. Nem sequer é simples. Mas é possível.

A leitura deste livro ajuda-nos a perceber melhor o que são e como se formam os hábitos e, nesse sentido, pode ser precioso na análise do nosso trabalho, do nosso lazer, daquilo que nos faz perder tempo e daquilo que, efectivamente, nos move. Quando o computador ou o telefone nos avisam da chegada de um e-mail ou de uma mensagem, somos imediatamente levados a lê-la, não porque nos torna mais produtivos mas porque temos uma recompensa que é a possibilidade de nos afastarmos do trabalho que temos que realizar.

Mas, para além de poder esclarecer os nossos hábitos, este livro também é importante para todas as pessoas que trabalham em educação. Um dos casos iniciais do livro é a história de Eugene, com um problema que o impede de se lembrar de ter comido há minutos ou de que já viu um programa de televisão dezenas de vezes mas que consegue regressar a casa de um passeio longo sem qualquer auxílio. A anatomia dos hábitos e a importância dos estímulos adequados, de que o resto do livro fala, podem ser uma ferramenta muito útil para tornar a aprendizagem mais próxima das necessidades e da individualidade de cada aluno.

Bons hábitos.

 Recentemente encontrámos três artigos que gostaríamos de partilhar. Contam a história de três pessoas ímpares para quem as tecnologias são fundamentais (apesar de as tecnologias não serem o foco dos artigos). São histórias de superação que inspiram e mostram três pessoas dispostas, cada uma de sua forma, a mudar o mundo e como estão a consegui-lo.

Kyle Schwaneke é um programador com autismo, recentemente contratado para o desenvolvimento de software para a consola Xbox da Microsoft. Este engenheiro e a sua visão do mundo estão a ajudar a construir melhores produtos.

Leia o artigo sobre Kyle Schwaneke.

Jenny Lay-Flurrie é surda. A empresa em que trabalhava promoveu-a e Jenny pensava não conseguir dar conta das novas responsabilidades que o cargo lhe traria. Pelo contrário, a empresa apoiou-a totalmente. Hoje é directora de acessibilidade na Microsoft.

Jenny Lay-Flurrie diz que sempre foi inspirada pelo mantra dos pais “A única coisa que te impede de avançar és tu” mas confessa:

Levei muito tempo a perceber que a minha deficiência é uma força. Nós nascemos a resolver problemas, somos leais e motivados. Não mudaria o meu percurso por nada deste mundo.

Leia o artigo sobre Jenny Lay-Flurrie.

Steve Gleason foi jogador da Liga de Futebol Americana (NFL). Diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, Gleason “decidiu que o diagnóstico era mais uma razão para se preparar para viver.”
Steve criou a Fundação Team Gleason e organiza o festival Spokane’s Gleason Fest. Nas fotos do artigo pode ver-se como a tecnologia é uma extensão de si próprio.

Leia o artigo sobre Steve Gleason.

Os artigos estão em inglês mas valem o esforço de uma visita ao Google Translate.

Barnaby passeia flutuando com a mãe preso a uma trelaA família Brocket é normal. Não quer outra coisa. Procura o que é normal. Evita e despreza o que, segundo os seus padrões de normalidade, não é normal. Alistair e Eleanor tiveram dois filhos normais, Henry e Melanie. O nascimento do terceiro filho muda tudo.

Quando Alistair, que se orgulha de sempre ter tido os pés assentes no chão, anuncia que Barnaby tem uma característica especial, tanto Henry como Melanie mostram que não são desprovidos de imaginação e recebem do pai uma reprimenda: Nem eu nem a vossa mãe temos qualquer tipo de imaginação e certamente não vos educámos para terdes uma.

Desde o nascimento, e contra todas as admoestações da mãe, Barnaby não respeita a lei da gravidade. O medo do ridículo leva Alistair e Eleanor a desprezarem Barnaby. E um dia tomam uma atitude que mudará para sempre a vida desta criança de oito anos.

A Coisa Terrível que Aconteceu a Barnaby Brocket é um livro de John Boyne, o celebrado autor de O Rapaz do Pijama às Riscas. As ilustrações são de Oliver Jeffers.

Dentre todos os temas que podem ser explorados no livro e a partir do livro A Coisa Terrível... é também uma parábola sobre as múltiplas formas de convívio com a diferença.

O livro está disponível em capa mole e como ebook.

Bons voos!