O Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P., enquanto entidade gestora do Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio (SAPA), desenvolveu um Guia Orientador sobre o SAPA, que contém esclarecimentos sobre os procedimentos do Sistema, sobre as suas entidades financiadoras e prescritoras, bem como a resposta a algumas perguntas frequentes inspiradas em questões que são rececionadas no INR, I.P.
Tem início no próximo dia 30 de Abril a Oficina de Formação Ferramentas Digitais para a Comunicação Aumentativa promovida pelo CANTIC - CRTIC Amadora, integrada no plano de formação do agrupamento e realizado com a colaboração do Centro de Formação dos Agrupamentos de Escolas do Concelho da Amadora (CFAECA).
A Oficina irá decorrer em regime presencial e prolonga-se até Junho, num total de oito sessões. Durante 50 horas, através de propostas de trabalho práticas, de dinâmicas colaborativas e de partilha de experiências, os professores poderão reflectir sobre as suas práticas e construir saberes fundamentais para apoiar os alunos que precisam de tecnologias de apoio para comunicar.
As sessões realizam-se na Escola Básica José Cardoso Pires, na Amadora.
No passado dia 14 de fevereiro, o CANTIC visitou a Feira de Tecnologias EBU/ACAPO, realizada no Hotel Marriott, em Lisboa, num evento que coincidiu com a 12ª Assembleia Geral da União Europeia de Cegos.
Uma das principais atrações da feira foi a presença da Sertec, com uma banca repleta de tecnologias. Tivemos a oportunidade de conhecer jogos táteis e sonoros impressos em 3D, revimos algumas tecnologias e falámos sobre alguns dos projectos de etiquetagem acessível para espaços como o Dino Parque da Lourinhã. Graças à Sertec, o hotel estava preparado para navegação com o sistema NaviLens. O sistema NaviLens permite a orientação e a obtenção de informações através de códigos visuais legíveis por smartphones.
Outro destaque foi o Tactonom Reader, um dispositivo que possibilita a aprendizagem de conteúdos através do tacto, permitindo que pessoas com deficiência visual tenham acesso ao mesmo material que as pessoas sem deficiência. O inventor do Tactonom Reader apresentou algumas das novidades como jogos matemáticos, jogos de memória e leitura de objetos tridimensionais e um projecto em curso que promete facilitar a autonomia e ampliar as oportunidades educativas das pessoas com baixa visão e cegueira.
A máquina Mountbatten dotada de um teclado amovível e ecrã e a capacidade de escrever diretamente a partir dispositivos móveis, comercializada pela Harpo, foi outra das tecnologias que vimos e que torna a aprendizagem do Braille mais acessível e prática, facilitando a comunicação e a inclusão no mundo digital.
A Index Braille mostrou as suas impressoras Braille Basic-D e Everest-D, para a produção de materiais acessíveis. O armário de insonorização apresentado pela Index Braille permite o funcionamento silencioso das impressoras, garantindo um ambiente de trabalho mais confortável.
Com a Keynoa, tivemos a oportunidade de usar o protótipo de um dispositivo para aprendizagem, leitura e escrita Braille com uma mão, através de anéis nos dedos e sinais hápticos, conectável a dispositivos móveis. O equipamento é, no entanto, muito mais versátil, nomeadamente para a codificação de cores, aprendizagem da matemática, etc. Espera-se para este ano uma versão final ainda mais fácil de utilizar.
Finalmente, a Eyesynth impressionou-nos com o seu sistema de óculos inteligentes NIIRA para baixa visão e cegueira, nomeadamente com a capacidade de detectar obstáculos e de comunicá-los através de sons sem utilização de auricular e fornecer informações detalhadas sobre o ambiente por meio de descrições de fotos tiradas pelo utilizador.
No dia 25 de outubro de 2023, realizou-se um Workshop Sobre Produtos para Desenho Tátil, especialmente o Tactipad. Este evento foi um verdadeiro mergulho na criatividade sensorial, explorando formas inovadoras de expressão artística e acessibilidade.
O workshop, conduzido pelo próprio inventor, proporcionou uma visão abrangente sobre uma tecnologia para desenho tátil que abre portas para a inclusão e a expressão criativa de pessoas com deficiência visual.
Para aqueles que não puderam comparecer e para todos os que quiserem saber mais sobre o TactiPad, o evento foi gravado por uma equipa de profissionais e foi disponibilizado no Youtube em https://www.youtube.com/watch?v=FIvy4KlapoI&t.
Esta é uma excelente oportunidade para quem desejar aprofundar as potencialidades do equipamento ou revisitar as ideias de trabalho partilhadas durante o workshop.
Estão abertas até 4 de dezembro as inscrições para a 5ª edição da Formação Avançada em Tecnologias de Apoio para a Inclusão - Acessibilidade Digital (FATAI) que decorrerá de dezembro de 2023 a julho de 2024.
Esta edição surge na sequência das realizadas em 2019, 2021, 2022 e 2023 pela Universidade Católica Portuguesa, com o apoio financeiro da Fundação Altice. Dessa forma, cerca de cento e vinte profissionais ligados sobretudo à Educação Inclusiva beneficiaram de uma pioneira no nosso país, que permitiu um apoio mais diferenciado à inclusão, no Ensino Regular, de alunos com necessidades educativas especificas.
As duas primeiras edições proporcionaram a professores e outros técnicos, nomeadamente, a terapeutas da fala, uma oportunidade de consolidar conhecimentos sobre múltiplas soluções tecnológicas de acessibilidade que permitiram facilitar o processo de ensino aos docentes e outros profissionais de educação, contribuindo para a melhoria das aprendizagens de alunos com necessidades educativas especiais.
Na terceira edição, focaram-se os temas das Tecnologias de Apoio e das Necessidades Complexas de Comunicação (NCC), tendo abrangido sobretudo profissionais de Reabilitação (Terapeutas da Fala, Terapeutas Ocupacionais, Fisiatras, etc.) de Centros de Reabilitação especializados, e dos Núcleos INCLUI da Fundação Altice, sendo que a 4ª edição abrangeu sobretudo os profissionais de educação.
A 5ª edição centra-se novamente no domínio das NCC (Comunicação Alternativa e Aumentativa) e Tecnologias de Apoio para a Inclusão, voltando, a exemplo das 1º e 2ª e 4ª edições, a ser uma formação especializada para professores que apoiem diretamente, ou recebam nas suas salas de aula, alunos com disfunções neuromotoras graves e com NCC, de forma a que esses alunos possam participar mais ativamente em ambientes pedagógicos inclusivos.
Destinatários
Docentes de Ensino Especial (dar-se-á preferência a docentes integrados nos Centros de Recursos TIC), outros docentes que apoiem alunos com disfunções neuromotoras graves e com NCC. Caso o número de vagas o permita, serão aceites outros profissionais como sejam, Terapeutas da Fala e Ocupacionais, Psicólogos, Médicos, Enfermeiros, Engenheiros das áreas de Acessibilidade e Engenharia Biomédica, bem como Pais e Cuidadores.
Organização e horário
Regime totalmente presencial aos sábados das 9h30 às 16h30 Duas sessões online à quarta-feira das 18h00 às 21h00 Calendário previsto
16 de dezembro
13 e 27 de janeiro
07 (online) e 17 de fevereiro
02, 06 (online) e 16 de março
13 de abril
04 e 18 de maio
1, 22 e 29 de junho
06 de julho (sessão de apresentação dos trabalhos)
A terminar o Mês Internacional da Sensibilização para a CAA, deixamos a ferramenta Eu comunico assim, que ajuda a documentar e partilhar todas as formas de comunicação de uma criança com os profissionais que a acompanham.
São frequentes as situações em que os pais referem momentos de comunicação de uma riqueza extraordinária que na escola não se conseguem reproduzir. Para além das diferenças de contexto, uma das razões para este problema pode ser a incapacidade de saber reconhecer e atribuir significado às acções e gestos da criança.
Eu comunico assim é uma ficha na qual podemos escrever informações relevantes sobre a forma como uma criança que usa comunicação aumentativa se expressa. Este documento deve manter-se actualizado e convém partilhá-lo com regularidade com a equipa da escola.
Eis alguns exemplos do que se poderia escrever nesta ficha.
O João diz "sim" levantando a mão direita pelo pulso. Pode ser um movimento muito discreto. Diga-lhe quando reparar no movimento.
Quando carrega no botão errado do dispositivo, abana a cabeça com um "não". Ignore a mensagem e continue a ouvir.
Se o João começar a sentir-se ansioso, coloca a mão ou os dedos na boca e vocaliza. Pergunte-lhe se precisa de uma pausa.
Por ocasião do Dia Nacional das Acessibilidades, no dia 20 de outubro, que se celebrou pela segunda vez, depois da aprovação na Assembleia da República, foi divulgado um grupo do Facebook gerido pelo CERTIC/UTAD para facilitar a reutilização e acesso a Produtos de Apoio usados através do empréstimo, troca, doação ou venda a baixo custo em Portugal.
O ReutilizaPA pretende criar oportunidades para aumentar o acesso a produtos de apoio em segunda mão e a sua reutilização, com benefícios para quem os vier a reutilizar, para o ambiente e para a economia familiar.
Nesta iniciativa irão surgir oportunidades de acesso a produtos para a mobilidade, comunicação, atividades da vida diária, educação, terapia, recreação e desporto, entre outros.
A professora de TIC gosta de provocar os seus alunos. Ela deseja acordar o génio da tecnologia em cada um, já percebemos. Desta vez propôs que a turma pesquisasse soluções tecnológicas para o futuro. O Benjamim ainda não se esqueceu das insónias com a impressora 3D, mas agora já está pronto para descobrir mais. Os alunos estão surpreendidos com as suas pesquisas: «Professora, veja o que encontrei! Já existem teclados que funcionam com os pés!»; «Repare nesta foto! É possível escrever, dar comandos ao computador apenas soprando no micro!» A professora explica: «Excelente! A essas invenções chama-se TECNOLOGIA ASSISTIVA. Permite que qualquer aluno, qualquer pessoa, desenvolva a aprendizagem no seu ritmo próprio.» Claro que o bichinho digital se reacendeu no Benjamim: «Já que sou um Líder Digital, quero ser um informático dessa tal… assistiva! Estudar invenções para ajudar na vida… das pessoas! De todas as pessoas, mesmo que tenham muitas dificuldades, e diferentes!» O PISCA entrou na conversa e também acendeu: «Se pensares mais e melhor, o mundo ficará maior!» «E haverá lugar para toda a gente… porque a minha luz segue à frente!», brincou a LUZINHA. «C-O-N-F-I-R-M-A-T-I-V-O!», concluiu a robótica INES.
Zigzaga na net, novas aventuras
Embora em Portugal usemos comummente o conceito de tecnologia de apoio (em vez de tecnologia assistiva, usado no Brasil), o Benjamim descobre muitas coisas interessantes. Esta é uma das muitas histórias que podemos ler no livro Zigzaga na Net - Novas aventuras (PDF, 18 MB) inspirado nas histórias da 2.ª temporada do Podcast ZigZaga na Net, resultado de uma parceria entre o Centro Internet Segura e SeguraNet (DGE) e a Rádio Zig Zag. Também pode descarregar o livro com as primeiras aventuras ZigZaga na Net, (PDF, 5,1 MB).
Este livro é mais um contributo para o desenvolvimento da literacia digital dos mais jovens. Nas novas aventuras, Benjamim e os seus amigos, acompanhados do PISCA, da INES e do novo elemento virtual, LUZINHA, continuam a sua tarefa para que possamos fazer navegações online mais seguras, informadas e saudáveis. Cada episódio apresenta ideias práticas sobre o desafiante mundo digital.
Tal como reconhecido na Declaração de Incheon, a realização do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4, Educação de Qualidade, depende das oportunidades e desafios colocados pela tecnologia, uma relação que foi reforçada pelo início da pandemia de COVID-19. A tecnologia aparece em nada menos do que seis das dez metas do quarto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável sobre educação.
No entanto, existem grandes divisões no modo como o papel da tecnologia é encarado. Estas divisões aumentam à medida que a tecnologia evolui a uma velocidade vertiginosa. O relatório Global Education Monitoring 2023 (GEM 2023) sobre tecnologia e educação, apresentado pela UNESCO no final de Julho, explora estes debates, examinando os desafios no domínio da educação para os quais a utilização adequada da tecnologia pode oferecer soluções (acesso, equidade e inclusão; qualidade; avanço tecnológico; gestão do sistema), embora reconhecendo que muitas soluções propostas podem também ser prejudiciais.
O relatório também explora três condições de todo o sistema (acesso à tecnologia, regulamentação da governação e preparação dos professores) que têm de ser satisfeitas para que qualquer tecnologia na educação atinja todo o seu potencial.
Na semana passada propusemos um caderno de registo das actividades de Verão e tomar o pequeno almoço num bar e pagar a conta é um dos desafios propostos. Hoje, subimos a parada e propomos um almoço com os amigos.
Vou almoçar fora é uma história social que explicita os diferentes momentos decisivos no aparentemente simples processo de comer num restaurante.
Desde a escolha da comida aos aspectos relacionados com o regresso ao nosso local de partida, existem muitas oportunidades de desenvolver o sentimento de responsabilidade, treinar as competências de decisão e, claro, saborear comidas especiais.
